Recuperar-se de um tombo não é uma tarefa das mais fáceis, devemos concordar. Não são todos que conseguem colocar em prática o refrão popular: Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima, criado na música de Paulo Vanzolini.
Muitas vezes, quando caímos, por qualquer motivo, como seja o fim de um relacionamento, a perda de um emprego, um acidente, ou até mesmo a pressão do dia a dia, tendemos a ficar estatelados no chão. Como continuar? Como seguir adiante? Vale a pena todo esforço novamente?
Felizmente existem pessoas que conseguem contornar tudo isso com maior facilidade. Mesmo quando tudo parece conspirar negativamente, elas vão em frente, com um sorriso no rosto e dispostas a enfrentar o que for preciso.
Intrigados em descobrir o que levava algumas pessoas a enfrentar tão bem esses contratempos da vida, especialistas em comportamento humano passaram a estudar os traços desses sobreviventes. Os primeiros chegaram a concluir que se tratava de uma invulnerabilidade inata, algo como um verdadeiro dom com o qual as pessoas já nasciam. Porém, parece que isso não respondia tudo, e há pouco mais de uma década começou-se a investigar o termo invulnerabilidade. Este parecia sugerir que as pessoas seriam 100% imunes a qualquer tipo de adversidade – o que não seria a realidade. Embora sejam pessoas que passem pelos problemas com maior facilidade, isso não quer dizer que saiam dessas experiências totalmente ilesas.
Os estudiosos passaram a buscar um termo mais adequado, e foi então que emprestaram uma terminologia da física: resiliência. Resiliência é uma propriedade de alguns materiais, que mostra sua capacidade em retornar ao seu estado original, após sofrer grande pressão. Assim seriam as pessoas com alto grau de resiliência: teriam capacidade de encarar as adversidades como oportunidade de mostrar e aprimorar sua competência, seu entusiasmo. Tais pessoas encontram também soluções criativas e determinadas para se levantar do chão.
Neste instante você poderá estar imaginando qual o seu grau de resiliência, certo? Cabe destacar aqui que ser resiliente não é ser indiferente, insensível. Não se trata de sentir ou não sentir, mas sim de como atravessar as experiências. Seria uma habilidade, que todos podemos adquirir, de suportar o sofrimento, extraindo dele tudo que tem para nos ensinar. Aí está a chave de tudo. Léon Denis afirma com propriedade, que se, nas horas de provação, soubéssemos observar o trabalho interno, a ação misteriosa da dor em nós, compreenderíamos melhor sua obra sublime de educação e aperfeiçoamento.
Fonte: Anônimo
Diante das adversidades da vida
sábado, 12 de abril de 2008
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