PRIMEIRO
A promotora de eventos Suellen Dafne Padiar, de 18 anos, amiga das vítimas que acompanha de perto o drama das meninas em frente ao prédio, descreveu o jovem como uma pessoa "possessiva e ciumenta". Segundo ela, o motivo da briga, ocorrida há um mês e meio, foi ciúmes.
"Ela [a refém] adicionou um amigo da escola no Orkut e ele ficou com ciúmes", contou. Suellen afirmou que o jovem quis terminar o relacionamento, como sempre fazia depois das discussões. "Ele sempre terminava, brigava por nada", disse.
SEGUNDO
A jovem Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, que foi mantida refém durante mais de 100 horas pelo ex-namorado em Santo André, no ABC, teve morte cerebral confirmada às 23h30 deste sábado (18), segundo informou o secretário de Saúde do município, Homero Nepomuceno Duarte.
TERCEIRO
O coronel da reserva da Polícia Militar José Vicente da Silva Filho, ex-secretário nacional de Segurança Pública, considera que o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) cometeu pelo menos dois erros no caso do seqüestro da adolescente Eloá e sua amiga Nayara, ambas de 15 anos, em Santo André.
QUARTO
Cerca de 30 mil pessoas passaram pelo velório de Eloá Pimentel, de 15 anos, morta no desfecho do cárcere privado em que ficou refém do ex-namorado por mais de 100 horas em Santo André, na Grande São Paulo. O cálculo é da administração do Cemitério Jardim Santo André, onde foi realizada a cerimônia.
QUINTO
Até os tiros era apenas um jovem apaixonado lutando por seu amor (não existem jovens apaixonados com arma na mão fazendo reféns, bandidos agem assim). Depois dos tiros e da morte da garota, ele virou um assassino frio. Precisamos de ação de mais e toeria de menos. não quero ser mais um a tentar explicar, mas acho que temos na televisão e na polícia xeretas demais e conhecedores de menos.
SEXTO
O pai da menina Eloá Cristina Pimentel, que diz se chamar Aldo José da Silva, é procurado pela Justiça do Alagoas - segundo a Polícia Civil do Estado - por envolvimento com a "gangue fardada", roubo de cargas e outros crimes.
Como não podia deixar de ser, já era tempo de pipocar na imprensa mais uma das milhares de tragédias que acontecem todo dia. A mídia (arma de manipulação em massa) não vive sem tragédias, as tragédias alimentam o senso de responsabilidade social, quando pessoas, vendo na oportunidade de se manifestar contra algo, o fato de fazer seu papel social.
Primeiro, a insolvência de um problema que se arrasta pelo tempo, sendo alimentado por uma sociedade alienada e pseudo-responsável. Segundo, o desfecho presumido de uma insanidade compartilhada. Terceiro, a ignorância de uma facção que não tem capacidade para realizar o próprio trabalho. Quarto, como no caso Nardoni, a ociosidade da população se faz mais uma vez presente. Ninguém trabalha? Ninguém estuda? Ninguém tem casa ou filhos pra cuidar? Esperam a tragédia acontecer pra só depois manifestarem respulsa sobre os fatos que já se tornaram tácitos do cotidiano. Alguma vez você viu 30 mil pessoas visitando uma feira de livros? Comparecendo à uma palestra educacional? Sentadas em uma biblioteca lendo algo instrutivo? Não, você não viu e não vai ver. Esse povo não tem essa cultura, a consequência disso? Vide manchetes. Quinto, a sabedoria em palavras, que mais uma vez mostra a cara mas que é ignorada pela sociedade. Sexto, foi mexer em ninho de cobra, acabou descobrindo mais veneno do que aparentava.
A minha opinião? VERGONHA.