Ser estrangeiro não é fácil, construir o seu sonho longe do seu país de origem é um desafio que leva tempo e coragem, especialmente no caso de Seyola Zantoko, médico negro natural de Kinshasa capital do Congo, que após se formar em medicina e recusar um cargo de prestígio em seu país que enfrentava a ditadura liderado pelo General Mobutu, aceitou a proposta de ser médico em um pequeno vilarejo francês chamado “Marly Gomont”, que nunca teve moradores negros até a mudança da família Zantoko.
Longe de ser um filme que se aprofunda com questões raciais, “Bem Vindo a Marly Gomont” conta as dificuldades, desafios e superações que a família Zantoko enfrentou na pequena cidade. De uma forma leve e com uma narrativa que mistura os momentos de drama sem tirar o humor do roteiro, o filme expõe o impacto de ser diferente em uma terra fértil para ignorância, como disse o próprio personagem natural de Marly Gomont, o fazendeiro Jean (Rufus).